Pero como? En Pamplona no tiene mar! É verdade. A cidade de
Pamplona, localizada no Norte da Espanha, na Região de Navarra, não tem mar. OBS.: ESTE RESTAURANTE NÃO EXISTE MAIS.
O Mar De Pamplona Na Sua Boca.
Imagens:
Gabriella Simões
Reportagem:
Miguel Brusell
Pero
como? En Pamplona no tiene mar! É verdade. A cidade de Pamplona, localizada no
Norte da Espanha, na Região de Navarra, não tem mar. Mas a sua milenar
culinária, apesar de ter características próprias, tem forte influência da
culinária mediterrânea, sempre utilizando muito azeite de oliva no preparo de
pescados como, principalmente, o bacalhau e a merluza. Esta
é a proposta do Restaurante Mar na Boca, localizado na rua Doutor Aloísio de
Carvalho, na Vitória, de propriedade do jornalista e Chef de cozinha Tako
Pezonaga, que natural de Pamplona . “Sou de uma família em que todos, sempre,
cozinhavam. Cresci ao lado de mamãe e 'bobó', então, tanto as irmãs como os
irmãos, sempre, cozinhavam. Falava, brincado, que teria um restaurante, um
dia”, conta Tako. Antes
de abrir a linda casa no Corredor da Vitória, Tako atuou como jornalista
gastronômico. “Trabalhei junto a grande chefs espanhóis, promovendo encontros
com outros cozinheiros da Europa. Voce sabe que a cozinha espanhola se tornou
uma industria, sendo hoje uma das mais badaladas, com grandes chefs em várias
cidades como Nova York e Tókio”, revela. Há
15 anos, Tako chegou a Salvador à passeio e foi seduzido pelo clima, pela
miscigenação e por artistas como Caetano Veloso, Maria Betânia e,
principalmente, Vinícius de Moraes, de quem já teve uma coleção de discos.
“Depois voltei a trabalho pela Sony, fui ficando e acabei me fixando por aqui”,
conta o Chef. Além
da comida do Mediterrâneo, o Chef Tako também oferece no cardápio alguns pratos
da culinária Peruana. “Nós procuramos fazer os pratos que tem muito a ver com a
culinária peruana e espanhola, mas com os produtos que existem na terra. Nós
adequamos os peixes e os mariscos que existem aqui com os molhos e o jeito das
coisas de lá. Mas, contando sempre com os produtos daqui”, revela. Além
do salão principal, com ar condicionado, a casa ainda oferece um ambiente,
externo, sem ar, para fumantes, e uma sala de reuniões que pode ser usada por
empresas, para realização de negócios. A
sugestão do Chef Tako O
Chef Tako sempre faz questão de ter uma conversa com cada um dos seu clientes e
até recomenda que as pessoas, quando entrarem num restaurante, levassem em
conta a sugestão do chef, em seus pedidos. “O chef supervisiona ou compra tudo
que será servido no restaurante, então ele sabe o que tem de melhor na casa.
Tem dia que achamos um determinado produto muito bonito, então vele a pena
saltar a criatividade”, acredita. O
Chef Tako recebeu o Comida da Bahia com pedaços de pão feitos da forma
espanhola, com a casca bastante crocante, um queijo leve, característico da
região de Pamplona e o vinho tinto espanhol, Fortius. De entrada, o Chef serviu
“Gambas al Ajillo” que são camarões preparado com azeite de oliva e um molho
levemente picante, decorado com tirinhas de pimentão vermelho. Para
harmonizar com o camarão, o Chef trocou o vinho para um branco, de 2009, produzido
com a uva do tipo Verdejo, “Condesa de Leganza”. Para o Chef, a melhor parte da
degustação era molhar o pão espanhol no farto azeite em que o camarão vinha
embebido. “Isto tem um sabor formidável e é muito saudável, o azeite”, afirma. Depois
da entrada, foram servidos o Robalu Shitaki e um Vermelho ao “Ajo arrierro”.
“Estes peixes não são encontrados lá, porque eles são de agua quente. Mas
estavam frescos e são muito saborosos, então preparamos os peixes que
encontramos aqui do jeito de lá”, revela o Chef. Segundo o Chef, neste caso, o
Robalo substituiu a Merluza e o Vermelho o Bacalhau fresco. Na
sobremesa o chef Tako serviu Trio do Céu que são cascas de limão e laranja
cristalizadas com açucar, acompanhadas com sorvete de torrone e pudim de ovos e
açúcar, feito com azeite ao invés de manteiga. Para finalizar, o cafezinho
expresso.
Post A Comment
Nenhum comentário :