Como armazenar queijo brie, parmesão, gouda e provolone
Saiba qual é a melhor maneira de preservar o
sabor de diferentes tipos de queijo por mais tempo.
Colaboração de texto: Carolina Peres/Hedgehog
Colaboração de foto: Robert Linder
Existem mais de 1800 tipos de queijo em todo o
planeta. Apesar de terem características diferentes, além do uso do leite, há
outra semelhança que une as diferentes variações: a importância do
armazenamento correto para que seja possível apreciar o sabor e a textura
ideais de cada um deles.
Quando se trata de queijos mais nobres,
servidos em ocasiões especiais, podem surgir ainda mais dúvidas: a aparência
mofada é uma característica do produto ou o prazo de validade expirou? Se a
peça não for consumida integralmente, como guardá-la?
Queijo
brie: textura cremosa e casca formada por fungos
O queijo brie é o mais antigo da França,
fabricado pela primeira vez na província de Brie no século VIII, a 50
quilômetros de Paris.
Mesmo que o brie seja produzido em todo o
mundo, apenas dois recebem o selo Appellation d'Origine Contrôlée (AOC), que
denominam a origem de queijos, vinhos e manteigas francesas: o Brie de Meraux e
o Brie de Melun. Esses queijos levam receitas secretas que são consideradas uma
arma contra a produção em escala.
Parente do camembert, o brie faz parte do grupo
de queijos cremosos. Isso significa que os produtos desta categoria devem ter
entre 60% a 75% de gordura butírica – parte gordurosa ou creme do leite de
vaca. É justamente esse componente que deixa o interior do queijo encorpado e a
parte exterior levemente esponjosa e dura, além de conceder o sabor
característico.
A casca do queijo é formado por uma espécie de
bolor (Penicillium candidum), algo que pode fazer muitas pessoas torcerem o
nariz, mas essa parte do brie é perfeitamente comestível e contribui muito para
a experiência de saborização, desde que o produto seja produzido adequadamente.
É mais comum que o brie seja consumido frio,
mas também é possível assá-lo. Fica ótimo com vinhos (tintos de corpo médio ou
leve), champanhe, pães frescos, torradas, compotas, geleias, frutas e mel. É
muito popular no café da manhã ou em tábuas de charcutaria.
A melhor maneira de armazenar o queijo brie é
em temperatura ambiente, preferencialmente em um pote bem vedado. Isso vai
ajudar a manter a textura cremosa e preservar o sabor.
Também é possível guardá-lo na geladeira,
embora não seja tão recomendado porque o frio deixa o queijo mais duro e com
paladar menos intenso. Para conservá-lo o máximo possível, coloque-o em um pote
com fechamento hermético ou embrulhado em papel alumínio e deixe-o na gaveta de
legumes e vegetais. Consuma em até 3 dias.
Queijo
parmesão tem boa durabilidade
Com raízes italianas, o parmesão é feito de
leite coletado logo após a ordenha, parcialmente desnatado pelo processo
natural da gravidade.
Seu sabor é levemente picante e a consistência
tem certa granulação, beirando a cristalização. Com casca grossa e rígida, faz
parte da família dos queijos duros.
Por conta da textura seca, o parmesão é mais
utilizado em lascas como acompanhamento de massas e saladas, mas também pode
ser utilizado em molhos, com pães e outros pratos.
O armazenamento do queijo parmesão não é
complicado. Ele não precisa, necessariamente, de refrigeração, mas dura por
muito mais tempo quando é armazenado em ar frio porque é um alimento perecível.
Um pedaço fechado de parmesão pode ficar na
geladeira por até oito meses sem nenhum problema, já as versões raladas ou
embaladas a vácuo sempre devem ser refrigeradas. Abertos, duram cerca de uma
semana.
Gouda:
sabor fica menos intenso com o tempo
Esse tipo de queijo faz parte do grupo duros e
semiduros – dependendo da maturação –, mas o termo “gouda” é uma classificação
genérica. O nome vem da cidade holandesa de mesmo nome, famosa pela fabricação
do produto.
A produção tradicional do gouda usa leite de
vaca pasteurizado, mas existem produtores que usam o leite de cabra ou de
ovelha.
Embora o “clássico” tenha um sabor caramelizado
e possa desenvolver cristais de sal ao longo do tempo, existem vários tipos de
gouda, como o overjarig, belegen, boerenkaas, oude kaas, graskaas, etc.
Um ponto de atenção é a casca, que muitas vezes
tem uma mistura de plástico e parafina, especialmente quando são queijos
industrializados. Por isso, é melhor descartar esse revestimento. Queijos
artesanais são feitos com ingredientes naturais, então comer a casca é liberado
e recomendado – o sabor fica muito mais complexo e intenso.
Para garantir o frescor e preservação do
paladar, o gouda deve ser guardado na geladeira. Se possível, deixe-o enrolado
no papel da embalagem original e/ou em um recipiente com boa vedação.
Esse queijo dura até 15 dias sem apresentar
qualquer problema, mas fica o alerta: o sabor vai ficando menos intenso com o
passar do tempo.
Provolone:
envolva o queijo para que ele dure mais
O provolone é um queijo italiano semiduro feito
a partir do coalho de leite de vaca cozido até chegar a consistência correta.
Essa massa descansa até chegar ao processo de filagem, seguido pela adição de
sal e secagem.
Com tom amarelado e aroma potente, o sabor muda
bastante de acordo com a maturação. Um queijo novo é suave, mas vai se tornando
mais picante ao longo do tempo.
Sua casca é fina e a massa é lisa, sem qualquer
tipo de texturização. É muito utilizado em sanduíches e pizzas.
O provolone deve sempre ser armazenado na
geladeira. Depois de abri-lo, é preciso embrulhá-lo novamente na embalagem
original ou papel alumínio. Também é possível enrolar o queijo em papel
manteiga e depois embalar no plástico filme antes de colocar no refrigerador.
Desta forma, o provolone ficará bom por até três semanas.
Como armazenar queijo. |
Colaboração de foto: Robert Linder
Labels
Notícias
Post A Comment
Nenhum comentário :