Acarajé é Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro. Isso é bom ou ruim?
Fica
parecendo que o Rio de Janeiro está querendo se apropriar de um bem cultural da
Bahia, mas a intenção é proteger a forma de fazer uma iguaria que teve primeiro
registro antes do século VII, no Oriente Médio.
Por
Miguel Brusell
Imagens: Gabriela Simões
Segundo
o Wikipédia, o Acarajé do jeito que conhecemos hoje teve origem entre o povo Iorubá,
da África Ocidental, mais precisamente na região do Togo, Benim, Nigéria e
Camarões. Os árabes levaram o faláfel, que era um bolinho de favas secas e grão
de bico frito para a África em diversas incursões entre os séculos VII e XIX.
As favas secas e grão de bico do faláfel foram substituídos pelo
feijão-fradinho na África.
No
começo do século XVII, a palmeira africana da qual se extrai o Azeite de Dendê
foi introduzida no Brasil junto com outros ingredientes. Pelo final do século
XVIII, os pratos africanos já eram vendidos nas ruas da Bahia. Também no final
do século XVIII, começa a se organizar comunidades religiosas de origem nagô e ioruba.
Onde havia orixás, havia oferendas de alimento, pois é assim que os africanos
dialogam com seus orixás.
Acarajé é Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro. |
Imagens: Gabriela Simões
O bolinho de fogo frito no Azeite de Dendê. |
Acarajé com camarão e salada. |
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