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Conheça os 5 elementos estruturais dos vinhos

Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, apresenta passo a passo que você possa aprimorar seus conhecimentos e explorar novos rótulos de vinhos.
 
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Conheça os 5 elementos estruturais dos vinhos.
Colaboração de texto e foto: Bruno Costa
 
Você é um recém-apaixonado pelo mundo dos vinhos? Então, possivelmente suas descobertas devem envolver os rótulos de mesa, aqueles que tendem a ser menos sofisticados e mais suaves, e estar acompanhadas de muitas dúvidas e incertezas. No entanto, vale você saber que existe uma infinidade de rótulos e estilos que podem ser capazes de conquistar e surpreender o seu paladar.
 
Para conhecê-los, a primeira e principal dica é estar aberto a provar diferentes sabores e sensações, para, aos poucos, descobrir quais características mais te agradam. “Para mergulhar nesta jornada de expansão de paladar, nada melhor do que entender um pouco sobre as variadas nuances que os vinhos podem apresentar e, assim, se aventurar por esse universo apaixonante. Os vinhos são compostos por alguns elementos estruturais que precisam estar em equilíbrio, para que a bebida se torne agradável e prazerosa”, explica Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, maior clube de assinatura de vinhos do mundo e líder no ranking de importação do Brasil.


1 - Aprenda a reconhecer a acidez dos vinhos
 
Os vinhos espumantes, brancos e rosés tem uma marca registrada: o frescor, resultado da acidez, um dos elementos presentes em todos os exemplares, seja em maior ou menor intensidade. A acidez traz a sensação de refrescância, limpa o paladar e convida a dar o próximo gole, por isso é considerada a alma dos vinhos. No Nederburg 56 Hundred Chenin Blanc 2022, que contém um teor de acidez vibrante, por exemplo, você tem a oportunidade de entender na prática essa sensação, a qual se apresenta através da salivação que surge após a degustação do vinho, quanto mais a boca salivar, maior a acidez do exemplar.
 
2 - O açúcar residual de cada uva
 
Outra função importante da acidez é equilibrar o açúcar residual, outro elemento estrutural presente nos vinhos. Este é o açúcar da própria uva, que sobra após o processo de fermentação e, a depender de sua quantidade, pode ser ou não percebido pelo nosso paladar. “É nesse momento que a acidez entra em jogo, pois quanto mais destacada ela for, menor será nossa percepção de doçura, como acontece nos vinhos recomendados para acompanhar sobremesas com alta doçura e alta acidez, que, durante a harmonização entram em equilíbrio e contribuem com os sabores. Para descobrir se essa sensação te agrada, sugiro optar por vinhos com maior teor de açúcar residual, classificados como meio-secos ou suaves, como o Finca Las Moras Dadá Nº 391 Art Cabernet 2022, que é um vinho intenso e muito macio no paladar”, acrescenta a sommelière.

 
3 - Cada vinho tem um estilo de corpo
 
O corpo do vinho é outro componente que gera dúvidas. Muito se fala de vinhos leves, de corpo médio ou encorpados, mas afinal, como podemos avaliar essa característica? Nessa hora, para facilitar, vale trocar mentalmente a palavra “corpo”, pelo “peso” que cada bebida tem em nossa boca. Um copo de água equivale a um vinho de corpo leve e uma vitamina, mais densa e pesada, se equivale a um vinho com muito corpo. O Root: 1 Reserva D.O. Valle del MaipoHeritage Red 2019 é um bom exemplo de corpo médio e pode te ajudar a avaliar se seu paladar prefere vinhos com mais ou menos corpo.
 
4 - Quem é esse “tal de tanino”?
 
Sabe aquela sensação de amargor ou de ter comido uma fruta verde, que amarra a boca? Essa é a adstringência, normalmente sentida como um ressecamento na parte superior da boca, provocada pelos taninos, polifenóis presentes na casca das uvas, que são encontrados principalmente nos vinhos tintos. A Syrah é uma uva com níveis médios a altos de taninos, que podem ser facilmente identificados em rótulos como o Alma Tierra Syrah 2022, que proporciona uma textura sedosa e equilibrada.

 
5 - Escolha um teor alcoólico que agrade o seu paladar
 
O teor alcoólico é o último elemento estrutural dos vinhos, que pode facilmente ser identificado nos rótulos descritivos dos vinhos e na boca através da sensação de calor. É de extrema importância que ele esteja bem integrado à bebida, independente de ser alto ou baixo, para que não gere nenhum incômodo na degustação.
 
Por meio das variadas sensações provocadas por cada um desses elementos, você irá descobrir qual experiência é mais ou menos agradável ao seu paladar. Com esse conhecimento, você já está apto para identificar quais características mais chamam a sua atenção e conseguirá guiar suas próximas descobertas pelo mundo dos vinhos. “É sempre interessante nos aventurarmos pelos mais diversos estilos, uvas e regiões para ampliar o seu repertório de momentos memoráveis. Participar de clubes de vinhos também pode facilitar que você aprimore suas descobertas e se especialize mais a cada nova degustação”, conclui Marina.
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