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A diferença entre vinho branco, espumante, champagne e prosecco

A sommelière Marina Bufarah de Souza explica como se dá o processo de diferenciação de cada uma dessas variedades, e como distingui-las durante a degustação.
 
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Marina Bufarah de Souza explica a diferenciação. 
Colaboração de texto e foto: Bruno Costa/Hercog
 
Poucas pessoas sabem diferenciar o vinho branco, do champagne, do espumante ou do prosecco, mas o que ninguém nega é que são bebidas que combinam perfeitamente com festas e encontros elegantes. Por harmonizam bem com diversos petiscos, queijos, frutas e pratos principais, agradam até os paladares mais exigentes.
 
Muitos fatores são responsáveis por criar tamanha variedade de sabores, a começar pelo modo como cada variedade é produzida. Todo vinho nasce a partir da transformação do açúcar das uvas em álcool pelas leveduras - processo conhecido por fermentação alcoólica, que basicamente transforma o mosto - o suco da uva - em vinho. O produto resultante desse processo é o vinho tranquilo, ou seja, sem gás carbônico.


 
Coloração dos vinhos
 
“A principal variação nessa gama é em relação à coloração, que se dá pelo contato do mosto com as cascas das uvas”, explica Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo. “Na produção de vinhos brancos as cascas são retiradas e os vinhos ficam com a cor natural do suco.”
 
No caso dos vinhos rosés, as cascas ficam apenas algumas horas em contato com o mosto, tempo suficiente para adquirir o tom de rosa desejado pelo produtor. Finalmente nos tintos, as cascas das uvas ficam dias em contato com o mosto, dando toda sua intensidade de cor aos vinhos. Uma curiosidade, é a possibilidade de fazer vinho branco com variedades de uvas tintas, uma vez que o suco das uvas tintas também é branco.

 
Vinhos espumantes
 
Ao adicionar uma mistura fermento, vinho e açúcar, chamada licor de tiragem, a um vinho tranquilo ocorre uma segunda fermentação e o surgimento do gás carbônico, dando assim origem aos vinhos espumantes. Este processo dá origem a um novo estilo de vinho, sinônimo de alegria e celebração, capaz de abranger algumas variações bastante conhecidas como Champagne e Prosecco, que se diferenciam em muitas características.
 
“Champagne é uma região no norte da França e apenas os espumantes produzidos nesta área podem receber esse nome”, acrescenta a sommelière.  Além dos limites regionais, é preciso seguir uma série de regras que regulamentam a A.O.C - Apelação de Origem Controlada Champagne.
 
Uma das regras importantes, por exemplo, é o uso de uvas específicas, como Chardonnay e Pinot Noir, além da elaboração dos espumantes pelo Método Tradicional, no qual a segunda fermentação acontece dentro da própria garrafa. Nesse processo, o espumante fica em contato com as leveduras, ganhando estrutura e complexidade de aromas e sabores, como notas de brioche e pão tostado.

 
No caso do Prosecco, também temos uma região e uma D.O.C. - Denominação de Origem Controlada, que abrange o Vêneto e Friuli Venezia Giulia, na Itália. Além de ser produzido em outra área, esse vinho é elaborado por outra variedade de uva, a Glera e, por outro método de produção, chamado Charmat, a partir do qual a segunda fermentação acontece em tanques de aço inox, preservando a leveza e o frescor da bebida, bem como suas notas frutadas e florais.
 
Como diferenciá-los
 
Para aprender a diferenciá-los, o ideal é começar por rótulos que expressem as características mais marcantes de cada estilo. O Champagne Montaudon Brut, por exemplo, vai surpreender seus sentidos, com notas de frutas brancas, mel, pão e fermento no aroma, além de preencher o paladar com sua cremosidade, boa acidez, médio corpo e delicada perlage.

 
É interessante também fazer uma degustação com a presença de um vinho branco clássico como o U by Undurraga Valle Central Sauvignon Blanc 2021 em que não ocorreu uma segunda fermentação e no paladar se apresenta de forma leve, com notas cítricas e herbáceas, além acidez vibrante que lhe confere uma refrescancia marcante.
 
No mundo dos vinhos, o interessante é degustar e aprender sobre a variedade de experiências possíveis. Essa grande variedade possibilita diferentes harmonizações, sempre se atentando às características e sabores que se destacam tanto na bebida quanto no prato. E não se esqueça dos momentos, também capazes de inspirar harmonizações memoráveis junto à sua taça.
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