Fazenda Emu transforma Oliveira dos Campinhos na Normandia Baiana
A
região francesa, famosa pelo Dia D, na segunda guerra mundial foi, também, o local
onde François Boursin criou o queijo fresco que leva o seu nome e pode ser
usado em receitas, torradas, bolachas ou como recheio para sanduíches.
Por
Miguel Brusell
Imagens: Gabriela Simões
Batizada
como Operação Senhor Supremo (Overlord), o Dia D ou a “Invasão da Normandia” foi
a maior operação de guerra da história, e marcou o início da libertação da França
do domínio dos nazistas e o fim da Segunda Guerra Mundial. Para o Comida da
Bahia, o Dia D foi quando invadimos a Fazenda Emu, em Oliveira dos Campinhos, um
distrito de Santo Amaro, a 103 Km de Salvador para conhecer o Senhor Supremo dos
Queijos Boursin da Bahia.
O Dia D, quando invadimos a Fazenda Emu. |
Imagens: Gabriela Simões
O Boursin foi criado em Gournay, na Normandia. |
Atrás
destas características de solo e clima, o engenheiro elétrico André Teixeira cruzou
meia Bahia, depois de se aposentar, inspirado pela lenda dos aborígenes australianos
do pássaro emu. Na mitologia, encontrar um emu pode ser um sinal de que o lugar
é abençoado, que possui uma energia especial, com equilíbrio entre o mundo
espiritual e o material em harmonia.
Esse equilíbrio entre o espiritual e o material, Teixeira encontrou nos vales do Rio Subaé, em Oliveira dos Campinhos, local ideal para a produção de leite de alta qualidade, onde comprou terras e batizou como o nome de Fazenda Emu. Com um rebanho mestiço do cruzamento do gado holandês - o melhor leiteiro - com o Guzerá – o mais adaptado ao clima -, produz cerca de 60 litros de leite por dia.
Existem
diversas variedades de Gouda, com diferentes tempos de maturação e sabores. A variedade
produzido na Emu não tem casca, a maturação é de três meses, no mínimo, e leva
o nome da Fazenda. Para produzir estas delícias, o engenheiro André segue todos
os padrões de higiene de fabricação de queijos artesanais do mundo.
Os
dois tipos de queijos que a Fazenda Emu produz são feitos com leite pasteurizado, o que demanda cuidados redobrados na produção. A primeira
regra a ser seguida, deve ser o tempo entre o momento em que o leite é extraído
da vaca até o início da produção que, nesse caso, não deve passar de uma hora e
meia. No caso dos Gouda, o tempo de maturação, depois de pronto, tem que ser acima de três meses.
Fazenda Emu tem rebanho livre de Tuberculose e Brucelose. |
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