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O Que É Que A Bahia Tem: Em Riachão do Jacuípe, encontramos o terroir da Caatinga para o almoço do Domingo de Páscoa

Depois de conhecer produtores da Mata Atlânica, “O Que É Que A Bahia Tem” segue para a Caatinga, em Riachão do Jacuípe atrás de insumos para preparar o tradicional almoço de domingo da Semana Santa.
 
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A Barriguda da frente da Igreja de Riachão tem história.
Por: Miguel Brusell
Imagens: Gabriela Simões
 
A cidade de Riachão do Jacuípe está localizada no Nordeste Baiano, a pouco menos de 200 Km da capital, Salvador. A fazenda que deu origem ao município era chamada de Riachão, devido a um riacho que os bandeirantes confundiram com o Rio Jacuípe. Na língua dos povos originários, Jacuípe quer dizer Rio dos Jacus. O São João é a sua principal manifestação cultural.
 
Sua economia é voltada para os setores secundário e terciário, além da agricultura e a pecuária, com destaque para o sisal e os rebanhos bovino e ovino. O município abriga diversos laticínios e um frigorífico. A cultura local é marcada pela resiliencia do vaqueiro, presente nas vaquejadas, vestimentas de couro e na música de improviso. Seu território é composto por 82% de Caatinga e 18% de Mata Atlântica.


 
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga tem papel fundamental no sequestro de carbono, funcionando como um sumidouro natural que absorve o dióxido de carbono (CO²) da atmosfera. O bioma é um dos mais eficientes do mundo no sequestro do carbono e supera, até mesmo, as florestas da Amazônia. Com clima semiárido, temperaturas médias de 27°C e pouca chuvas, longos períodos de seca são comuns.
 
Grande potencial econômico sustentável

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Apesar das condições, a Caatinga possui um grande potencial.
Apesar destas condições adversas, a Caatinga possui um grande potencial para o aproveitamento econômico sustentável e pode gerar renda para as comunidades locais, além de ser uma das principais ferramentas no combate ao aquecimento global. Fomos a Riachão do Jacuípe conhecer alguns destes pequenos produtores e procurar insumos para preparar o tradicional almoço do Domingo de Páscoa.
 
Para competir com os deliciosos Ovos de Páscoa, o almoço terá Camarões Fritos no Azeite com Manteiga e Alho, acompanhados de Queijo Coalho na chapa, cobertos com uma redução de Manteiga, Mel e Damasco. Para sobremesa, inovamos com um inédito Bolo de Umbú, com cobertura de Doce de Leite para harmonizar com Licor de Café com Doce de Leite.



Em Riachão do Jacuípe, ficamos dois dias hospedados na Pousada Tia Preta, que fica na Rododovia Lomanto Júnior, na entrada da cidade e muito próxima do centro. Destaque para atenção e o tratamento dos colaboradores e da proprietária. No dia que chegamos, conhecemos a Nsant Burger, vencedora do prêmio melhor hamburgueria de Riachão em 2022, 2023 e 2024 que, também, fica na Lomanto Júnior, só que do lado do centro da cidade. Funciona todos os dias, das 17h45 às 23h30.
 
Licores cremosos com sabor de Riachão

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Visitamos Barriguda, uma produção de licores cremosos.
No dia seguinte, fomos visitar o Licor Barriguda, uma produção de licores cremosos com sabores como Goiabada, Café, Doce de Leite e Doce de Leite com Café, que vamos harmonizar com a nossa sobremesa. Recebemos, para experimentar e fazer harmonizações, três tipos da Cerveja Florinda, uma produção artesanal, feita com muito carinho, que faz uma gotosa brincadeira com a flora local. Vamos harmonizá-la com o almoço do Domingo de Pascoa.
 
Entre os restaurantes da cidade, conhecemos o Dgust que, também, funciona como Pizzaria. Comemos uma pizza muito bonita, com sabor maravilhoso e uma borda recheada que vai ficar colada na sua memória gustativa. No terceiro dia, fomos para o Riachão Palace Hotel que fica na entrada da cidade e tem uma equipe muito eficiente e atenciosa no atendimento.



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O receptivoda Queijai, na Fazenda Tanque Grande.
No terceiro dia, visitamos a Queijai que fica na centenária fazenda “Tanque Grande”, um verdadeiro exemplo de manejo, conservação ecológica e produção de queijos de alta qualidade. Apesar de antiga, a fazenda começou a produção de queijo há pouco mais de cinco anos, mas já conquistou uma quantidade significativa de premiações em competições nacionais e regionais de qualidade. Vamos utilizar o seu queijo Coalho no prato principal.
 
Pé de Serra, município visinho a Riachão do Jacuípe
 
Em Pé de Serra, município visinho a Riachão do Jacuípe, conhecemos o Laticínio Carmesita, uma produção de iogurte familiar, de mãe para filha, que aproveita as frutas da região como Umbú, Goiaba e Maracujá para produzir uma linha premium. Também utiliza as tradicionais como Coco, Morango e Ameixa, entre outros, na produção de um iogurte delicioso e bastante cremoso. Vamos utilizar o de Umbú para preparar o bolo.



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Em Pé de Será fomos na Queijaria da Serra conhecer Dona Cris.
Outra visita que fizemos em Pé de Será foi à Queijaria da Serra, produção que atesta a frase de Euclides da Cunha: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte". A seca que atinge a região diminuiu a produção leiteira, mas não paralisou a Dona Cris, responsável pela queijaria. O pouco leite que consegue produzir, direcionou para a produção de Doce de Leite que tem um giro mais rápido do que o queijo. Voltará a produzir as suas delícias assim que Deus permitir, quando mandar as chuvas. Utilizamos o Doce de Leite na cobertura do bolo.

 
A mesma seca não atrapalha, tanto, a produção de mel. Visitamos o Apiário Alto do Sol Nascente que, literalmente, está nascendo junto com o Sol que lhe dá o nome. O Apiário já produz mel de abelhas agressivas, com ferrão, mas etá investindo na produção de abelhas nativas da Caatinga, sem ferrão. Os proprietários estão investindo em reflorestamento da vegetação nativa e está tentando introduzir algumas espécies preferidas das abelhas.


 
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